segunda-feira, 4 de abril de 2011


Abismo

Meus batimentos aumentam
Estou caindo em um poço escuro
Fazendo rapell de cabeça para baixo
Pulando de bungee jumping sem a corda.

Andando rumo ao abismo, eu vou indo
E continuo seguindo, ando devagar
Sinto cada passo que dou, ouço a minha respiração
Ofegante estou, minha cabeça dói, medo ou ansiedade não define o que sinto.

Continuo seguindo, o caminho parece não ter fim
Pedras caem, sinto que está próximo, estou caindo
Livre e triste, isso não é bom,
Sei que não haverá ninguém para me aparar, talvez, alguém, não sei..

Ando e penso, seguindo e parando, com medo e com pressa
Não posso voltar, ou posso e não quero, ou quero e não quero
Não dá para pensar, não há tempo para se salvar
Um grito de socorro, é o desespero.

Então escuto um barulho, é o silêncio, consegue ouvir?
Ele me liberta de tudo, me dá o que não posso ter
E entendo que este é o fim, ele chegou para me conter
Fecho os olhos, sinto o vento no meu rosto,
minha respiração acalma, meu coração pára, e eu durmo, para um dia, acordar.

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